Hoje, 7 de abril, é o Dia Mundial da Saúde. E todas nós sabemos de que a melhor alternativa para manter a saúde em dia é a prevenção. 😉 Mas você sabe quais são os exames mais importantes para as mulheres e com qual periodicidade deve fazê-los? Para tirar essa e outras dúvidas, conversamos com a Dra Yolanda Shrank, endocrinologista integrante do corpo clínico do laboratório Bronstein.
De fato, além da visita anual ao ginecologista (que deve fazer parte da nossa rotina desde a primeira menstruação, independente da idade e da atividade sexual), há uma série de exames que devem ser feitos periodicamente durante toda a nossa vida. São eles: glicemia; colesterol total e frações; triglicerídeos; creatinina (avaliação da função renal); TGO e TGP (avaliação da função hepática); hemograma completo e exame de urina. Completam a lista, especialmente entre os 30 e 40 anos, exames ligados aos aparelhos genital e reprodutor, como colpocitologia, colposcopia e ultrassonografia transvaginal/pélvica.
A principal causa de câncer no sexo feminino é o de mama, que pode ser rastreado por exame clínico, ultrassonografia e mamografia. Portanto, também pode ser necessário fazer o acompanhamento a partir dos 35 anos, sobretudo se houver histórico familiar positivo para a doença. “A partir dos 40 anos, a avaliação rotineira da mama passa a fazer parte do check-up feminino”, lembra Yolanda.
Outro ponto que merece a atenção das mulheres é a tireoide, glândula na região do pescoço que produz hormônios importantes para a nossa saúde. Especialmente para as gestantes, mulheres com mais de 35 anos e aquelas com risco maior de disfunção tireoidiana, a doutora Yolanda recomenda incluir a dosagem do TSH na lista de exames anuais. “O hipotireoidismo, ou seja, a diminuição da produção hormonal tireoidiana, tem prevalência aumentada em mulheres acima de 40 anos. Vale lembrar, ainda, que a ocorrência do câncer dessa glândula é 30% maior em mulheres do que em homens, estando entre os dez cânceres mais frequentes em mulheres”, afirma a endocrinologista. “Fique atenta ao surgimento de nódulos no pescoço, em especial àqueles endurecidos e de crescimento rápido, e em casos de história familiar de câncer de tireoide.”
Com a chegada da menopausa, as chances de osteoporose são maiores. “Nesse momento, recomenda-se a medição periódica da densitometria óssea”, indica a médica. “Uma avaliação cardiológica nessa fase também está bem indicada, mesmo na mulher assintomática, já que as alterações hormonais vivenciadas podem aumentar o risco de incidência de doenças cardiovasculares.”
E as corredoras?
Cada vez mais mulheres estão praticando atividades físicas frequentemente, inclusive participando de competições de alto rendimento – o que é ótimo. Contudo, muitas adotam essa rotina de treinos sem a devida orientação médica, o que pode, eventualmente, acarretar em problemas de saúde. Por isso, a doutora Yolanda ressalta a importância de uma avaliação médica antes de iniciar atividade física de moderada a intensa. “Esse cuidado visa, principalmente, afastar doenças cardiovasculares, músculo-esqueléticas, respiratórias e metabólicas”, explica.
Dentre os exames laboratoriais solicitados rotineiramente para as corredoras, ela recomenda: hemograma completo, glicemia de jejum, ureia e creatinina, lipidograma completo, ácido úrico, hepatograma, exame de urina e exame parasitológico de fezes. “O objetivo é afastar patologias, muitas vezes não conhecidas, que podem se agravar com a atividade física”, orienta Yolanda.
Cuidados específicos a serem seguidos em cada fase de vida da mulher “atleta”
Mulheres em fase reprodutiva que praticam exercícios extenuantes, como corridas de longa distância, apresentam maior risco de distúrbios do ciclo menstrual. “Fique atenta ao seu ciclo menstrual, uma vez que corridas muito frequentes ou intensas, sem adequada alimentação, podem levar à amenorreia (ausência da menstruação por mais de três meses em mulheres que já menstruaram), infertilidade e diminuição da massa óssea”, alerta a médica.
Já mulheres menopausadas correm maior risco de complicações cardiovasculares. “Se você apesenta algum fator de risco cardiovascular (hipertensão, diabetes, obesidade, dislipidemia, doença arterial coronariana, sedentarismo etc.) ou tem mais de 40 anos, mesmo que assintomática e sem conhecimento de patologia cardiovascular prévia, faça também o teste de esforço“, recomenda Yolanda. “A partir dos 60 anos, diante da maior prevalência nessa faixa etária de doenças cardiovasculares, sendo a principal delas a doença arterial coronariana, indica-se também um ecocardiograma ou mesmo uma cintilografia do miocárdio”, completa.
“A atividade física bem indicada, com orientação médica, apresenta somente benefícios; por outro lado, mulheres que praticam essas atividades sem orientação apresentam risco potencial de complicações”, destaca a médica.
Vamos nos cuidar, mulherada! 🙂
Dra. Yolanda Schrank é endocrinologista integrante do corpo clínico do laboratório Bronstein Medicina Diagnóstica. Médica integrante do Canal do Médico/Setor de Provas Fucionais – DASA e do Serviço de Endocrinologia do Hospital Federal de Bonsucesso. Especialista em Endocrinologia e Metabologia – SBEM/AMB, tem mestrado em Endocrinologia e Metabologia pela PUC-RJ.
Gostei das informações q odtive em relação a correr menstruada. Obrigada!