Quem vê essa gracinha pessoa toda trabalhada na vida saudável que escreve este post hoje, não imagina que ela fumou durante sete anos da sua vida. (Estou chocada, acabei de fazer essa conta) o.O. Pelo fato da minha avó ser fumante desde os oito anos de idade, e de eu sempre ter morado com ela, acabei desenvolvendo muita curiosidade pelo cigarro. Muitas vezes, pegava cigarro escondido pra fumar no banheiro, pontas de cigarro que ela deixava dentro do cinzeiro para experimentar, tudo bem escondidinho, claro! Mas foi no período da faculdade, aos 17 anos que aprendi a tragar, e junto com amigos me via pelos corredores escuros da universidade São Judas em São Paulo fumando (naquela época ainda não existia a lei que hoje proíbe o fumo dentro de locais públicos). Assumi pra minha família que estava fumando, e isso passou ser hábito no meu dia a dia, sempre com aquela história de que quando eu quisesse para de fumar eu pararia, afinal é cigarro, uma droga “leve, uma coisa básica”. Fiz 18, 19 anos, daí enfrentei a fase de colocação no mercado. Precisava de um emprego, não conseguia, e pela ansiedade e estresse acabava sempre fumando mais e mais. Comparado a um número de cigarros que um fumante mais ativo fuma por dia, esse numero de 10 cigarros / 15 cigarros pra mim parecia sempre inofensivo . E mesmo depois que consegui emprego, fui criando hábitos bizarros, como acordar às 7 da manhã e antes de tomar café ou sequer beber um copo d’água eu “precisava” fumar. Se eu almoçasse e não fumasse era como se faltasse algo no resto do meu dia inteiro, era nojento. Por eu sempre ter tido vergonha de fumar na rua eu me preservava fumando em locais menos movimentando e onde as chances de eu encontrar um colega de trabalho fossem mínimas, embora muitos soubessem do meu vicio, pois em barzinhos isso nunca foi segredo pra ninguém.
Comecei a namorar e apesar do cheiro de cigarro ser muito incômodo, nunca meu namorado (hoje marido) reclamou, até porque ele fuma “socialmente”. Mas isso me incomodava, e aos poucos fui tentando evitar, até que consegui deixar de fumar todo dia. Porém, bastava uma discussão, um estresse na vida pessoal ou profissional, uma leve preocupação ou até mesmo uma comemoração onde houvesse cerveja ou qualquer bebida alcoólica, e já era motivo para um cigarrinho, dois, três, quatro… e por aí vai.
Isso só começou a mudar quando eu comecei a correr.
Em março desse ano definitivamente eu prometi que iria de uma vez parar com o cigarro, foi quando peguei firme na corrida e no blog. Sobraram dois maços de Marlboro Light sobre a minha prateleira de livros, os quais eu resistia pegar toda vez que chegava do trabalho após um dia estressante, mas acabava cedendo depois de uma cerveja. Acabaram esses dois maços e fizemos um acordo aqui em casa de que aqui não se entra mais maço de cigarros.
Descobri que muita gente já passou pela mesma situação que eu: fumantes, compulsivos ou não, que conseguiram substituir o vício do cigarro pela corrida, atividade igualmente viciante, mas ao contrário da outra, muito saudável! Por mais distantes que sejam o fumo e a corrida, uma característica está presente em ambos: eles nos dão prazer. No cigarro, a nicotina absorvida pelos pulmões libera no nosso cérebro uma substância chamada dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Por isso, achamos que fumar é “bom”, e daí o vício. Já quando corremos, após um determinado período de tempo é liberado um hormônio chamado endorfina, responsável pela sensação de euforia e bem-estar que muitos praticantes de atividades físicas conhecem bem. Alguns benefícios da endorfina no organismo são:
- Melhora da memória;
- Aumento do bom humor;
- Aumento a resistência;
- Aumento da disposição física e mental;
- Melhora no sistema imunológico;
- Bloqueio de lesões nos vasos sanguíneos;
- Efeito antienvelhecimento, pois remove radicais livres;
- Alivia dores;
- Melhora a concentração.
Portanto, se você conhece alguém que está lutando contra o vício do cigarro, ou mesmo um fumante que esteja preocupado com sua saúde e buscando mais qualidade de vida, sugira a ele que troque aquele cigarrinho da manhã por uns bons 3k de caminhada, corrida, ou mesmo qualquer outra atividade física que o agrade, como natação, musculação, etc. Ele ou ela vai perceber que trocar um prazer que faz mal por um prazer que traz saúde e disposição é um baita negócio!
Fui lendo e descendo a página ansiosa pra saber quem que tinha escrito, e jamais pensei que era vc! HAHA Fico feliz que tenha parado, tenho exemplos em casa de quanto o cigarro não faz bem e graças a Deus minha mãe e pai também conseguiram parar 🙂
Oi Bru, hehe Pois é…Querer é poder e seus país arrasaram, gostaria muito que minha avó parasse com o cigarro tbm, ela fuma a quase 60 anos, é muito tenso! Brigada e super beijo.
Também fiquei surpresa como a Bru. Não consigo imaginar ninguém do blog fumando. 😛 Parabéns por ter parado de fumar! 🙂
Tks Mari. Beijo!
Apenas CHOCADA q vc era fumante! Hahaha.
Sabia q fumava qdo ia beber e tal, mas NUNCA q fosse fumante. hahaha. X)
Oi Ana, eu já fui graças a Deus me libertei, rs Dos 7 anos, 3 eu fumava todo dia, depois passei a fumar só de final de semana…E depois só quando eu bebia, ou quando tava incomodada com alguma coisa, qualquer estresse era motivo de fumar, esse ano ainda,fumei muito =( mas mesmo assim… Eu sabia que tava ferrando comigo mesmo. Cara hoje eu percebo o quanto é diferente, paladar muda, fôlego muda,eu tinha muito pigarro na garganta. Parecia pouco e bem inofensivo, mas é bem ruim =/
AMEI o blog. Fumei durante 10 anos e troquei o cigarro pela corrida há mais de 11. Foi uma das melhores coisas que fiz na vida.
Que legal Luz, parabéns por ter conseguido para com o cigarro =)
Que bom que você gostou no nosso blog, escrevemos sempre com muito carinho para nossas leitoras e leitores =)
Beijo
Eu também fumava. Parei acho que tem uns 2 anos. Tomei coragem de vez quando vi um amigo da família, fumante, morrendo de câncer de pulmão. Descobri a doença super avançada e teve que parar de fumar para durar mais 1 mês, mais ou menos. Foi ali que realmente fiquei com medo, ele estava péssimo. Era um morto-vivo.
Superei o vício mesmo com maridôncio fumando na minha cara, dentro da nossa casa, fui mais forte.
E acredita que ainda tenho vontade de dar uns “pegas”. Só que hoje, por causa da Rafaela, nem cogito voltar a fumar. E o maridôncio? Hoje só fuma quando bebe. Mas basta tomar o primeiro gole de cerveja que ele acende um cigarro. Hahahaha
Parabéns pela sua força de vontade.
Beijocas
Oi Ju, caramba! Que triste essa história, a minha avó citada no texto perdeu dois irmãos com câncer de pulmão é uma doença muito cruel…E o deles tbm provocado pelo vício do cigarro, eles sempre fumaram, desde a época da roça =/… Ano passado perdi uma amiga de 21 anos com a mesma doença, mas ela não era fumante, mesmo assim fiquei bem chocada. Ela ali querendo tanto viver e eu judiando da saúde de ferro que Deus me deu? Foi um dos ponto altos de reflexão para eu tomasse a decisão de parar de vez.
Parabéns Ju, porque sem dúvida quando o marido fuma é muito mais complicado parar de fumar =)
TAMBÉM COMECEI A CORRER E ESTOU TENTANDO PARAR DE FUMAR POIS ESTA ME ATRAPALHANDO NA CORRIDA (FOLEGO) E ACHO QUE NÃO COMBINA, ESTOU TOTALMENTE BEM CORRENDO E SINTO QUE ESTA ME FAZENDO MAU, MAS NÃO ESTOU CONSEGUINDO, PASSO O DIA SEM FUMAR, MAS DE NOITE…MAS VOU CONTINUAR TENTANDO..
Oi Roberta, força que você vai conseguir. O primeiro passo você já deu, que é o de diminuir o consumo de cigarro… Sabe, hoje eu percebi que quando tô estressada, ou preocupada com alguma coisa correr me ajuda muito a esquecer a vontade de fumar.
Força que você vai conseguir, e você vai perceber que correr sem ser fumante é muito diferente e muito mais incrível =)
Super beijo e boa sorte!
Anni!
Assim como as meninas, tô chocada que vc fumava!
Mas graças a Deus, hoje vc trocou esse vício ruim por um outro que só vai te fazer bem.
Um conhecido nosso faleceu por causa de câncer no pulmão decorrente do vício de cigarro. Ele fumava tanto que só consigo ter lembrança dele fumando, acredita?
Mas é isso aí, orgulho de você, da sua força de vontade (acredito que não deva ser nada fácil) e tb do seu post que com certeza vai ajudar um monte de gente que está tentando parar!
Beijo <3
Parece que o texto caiu como uma luva! Fumo quando bebo, mas como você já fumei todo dia, depois só de finais de semana e hoje estou no “só quando bebo”.
Esse ano descobri que meu pai fumante também, está com enfisema e ele ainda não conseguiu parar de fumar para começar o tratamento e eu como exemplo comecei a diminuir a quantidade do cigarro. E pesquisando pensei em correr exatamente para conseguir parar de fumar definitivamente, ainda não consegui parar no “só fumo quando bebo” pois não é fácil, ainda mais quando se convive num circulo de amigos onde todos são fumantes.
E pela sua história, criei coragem de levar a sério a corrida para a conquista de parar de fumar. Parabéns!!! É um vicio nojento e difícil de sair!
Obrigada, acho que era o incentivo que estava faltando 🙂
Olá meninas… Eu sou fumadora há dez anos e corro. Corro muito e ainda faço bons tempos. . Por exemplo.. ontem corri minha primeira Meia-maratona em 1h47 . Fumar nao me impediu de correr… Contudo quero deixar de fumar e para isso estou a começar o tratamento hoje. . Vamos ver se funciona. Bjinhos
Queria te agradecer por compartilhar a sua experiência de mudança de hábitos. Estou tentando parar de fumar e assim como você comecei com 17 anos, hoje estou com 25 e isso vem me encomodando muito, porque quero parar mas está sendo muito difícil.. Sempre acabo caindo na tentação. Mas eu vou persistir e pode ter certeza que você foi uma grande incentivadora! OBRIGADA!