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Para a estreia, convidamos a querida Ju Bauer, de Santos (SP), para falar como é treinar na praia (ô, delícia!)
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Olá, Mulherada! As meninas do blog me convidaram pra escrever um post sobre minhas corridas na praia e cá estou! Moro em Santos e sou uma sortuda, porque moro bem pertinho da praia e é lá que eu me sinto bem correndo. Porém, alguns cuidados básicos são fundamentais, e não só pra quem corre na areia.
Primeiro de tudo, é que não saio de jeito nenhum sem protetor solar. Eu sempre tive a pele muito boa, nunca tive espinhas e felizmente, ao menos por enquanto, ela é livre de linhas de expressão, mas já passei dos 30 e notei que, mesmo tomando esse cuidado, algumas manchinhas de sol começaram a aparecer no meu rosto, por isso está fora de cogitação sair de casa sem proteção (eu uso um da Neutrogena fator 50 que comprei no exterior).
O cuidado não é só pro rosto não. Eu confesso que morro de preguiça de passar protetor solar no corpo desde sempre, mas por causa das tatuagens eu comecei a me preocupar com isso e se você, assim como eu, odeia aquela melecância toda na pele, compre um protetor em spray. A aplicação é bem mais rápida e não fica tão oleoso (eu uso um da Australian Gold que já tá dando os últimos suspiros).
Eu simplesmente não consigo correr sem óculos escuros. Tenho os olhos muito sensíveis à claridade e depois que operei a miopia percebi que eles ficaram ainda mais sensíveis, principalmente quando bate o reflexo do sol na areia. Então sempre corro de óculos. Em dias nublados, eu tenho um modelo que tem a lente meio acinzentada e ele quebra um pouco o clarão do dia (e evita que eu corra fazendo caretas por causa do sol nos olhos…rs)
Aqui faz sol e calor quase o ano inteiro, então pra evitar ainda mais os danos dos raios UVA/UVB no rosto (já deu pra perceber que sou meio neurótica com envelhecer a pele do rosto por causa do sol, né?) eu uso viseira no verão e boné em dias mais frescos. Além disso, um bom tênis de corrida e uma musiquinha pra te dar um gás. Acho que isso nem precisava mencionar 😛
Agora saindo um pouco da parte visual e entrando na parte física. Eu fui uma criança atleta. Fazia balé, ginástica olímpica, natação, pedalava pra cima e pra baixo e sempre tive um condicionamento físico bom, mas aí entrei na adolescência, comecei a trabalhar e parei totalmente com as atividades físicas. Aos 18, sofri um acidente de moto que estragou meu joelho esquerdo pra sempre. Claro que isso sempre foi mais uma muleta (sem trocadilho) pro meu sedentarismo do que um problema em si. Quanto mais tempo eu ficava sem me exercitar, mais ele doía. Depois disso descobri que tinha uma espécie de tendinite no joelho direito e em outro acidente (idiota, por sinal), tive estiramento nos ligamentos do tornozelo esquerdo (cá pra nós, toda fudida) e demorei quase 2 anos pra poder usar salto novamente porque não tinha firmeza no pé.
Até que, no começo do ano passado, eu estava um pouco acima do meu peso e com a viagem de férias já marcada pra setembro bateu um desespero. Comecei a andar na esteira do prédio. Ai, que preguiça… você anda, corre, anda, corre e o tempo não passa. Você olha depois de meia hora e andou 20 metros, uma tortura. Meu prédio era novo, as coisas ainda estavam se ajeitando. A academia não tinha ar condicionado nem TV pra me distrair, era um sofrimento ficar ali… Mesmo assim, eu ia todo santo dia, até que um dia cheguei pra correr e as esteiras estavam ocupadas. Fui pra rua e nunca mais entrei na academia do prédio.
Não vou entrar na questão de tempo, treino e tal pra não estender muito o post, mas adianto que eu corro pelo lazer e pelo prazer. Não me prendo a tempos e distâncias. E descobri que pra mim, é muito menos agressivo – na questão do impacto – correr na areia. Costumo correr a partir do Canal 4 e vou até o Emissário Submarino (o lugar de Santos que mais amo), sempre pela areia, o que dá um pouco menos de 6K ida e volta.
Aqui na cidade, o asfalto anda bem descuidado e na última prova que participei (7K da Transbrasa) deu pra ver muita gente levando uns tropeços por causa das ondulações da rua. Eu cheguei ao final da corrida já com muita dor tanto nos joelhos (corri usando joelheira no esquerdo) quanto no tornozelo e ao voltar pra casa andando eu cheguei no meu limite físico mesmo. Tive que fazer compressas no joelho direito e tornozelo, passei uns 3 dias só usando tênis e mancando feito uma pata choca por aí. Na prova antes dessa, a Jovem Pan Night Run eu corri os 10k na areia, cheguei com dignidade no final da prova e ainda voltei andando pra casa numa boa.
Claro que a questão de correr na praia ser melhor varia muito de pessoa pra pessoa. Meu marido por exemplo, acha muito melhor correr no asfalto e o tempo dele nas provas de rua são sempre melhores que nas provas na areia. As poucas vezes que tentei correr pela calçada, vi que não era pra mim. Calçada é onde tem mais gente passeando, famílias com carrinhos de bebês, cachorros, pessoas de mais idade, fora os próprios bancos e árvores que deixam o espaço ainda mais disputado. Prefiro ir láaaaa pertinho do mar. Fica mais fácil tanto pra eu desviar das pessoas quanto pras pessoas desviarem de mim…rs
Eu uso o mesmo tênis pra correr em ambos terrenos (hoje o Asics Nimbus 14 e o Asics SpeedStar, quando preciso dar um descanso pro oficial). Já corri usando o Nike Air Max, mas não tem conversa, pra mim o Asics é o melhor tênis pra esse esporte. Se o tênis não é bom, em menos de 1km eu já sinto meu tornozelo pesando e ficando descoordenado.
Acho que consegui contar um pouco da minha rotina e se eu puder dar uma dica é: se você vai se dedicar a um esporte, seja ele qual for, invista em roupas, calçados e acessórios adequados. Esse combo faz toda diferença e torna o esporte muito mais agradável.
Beijos,
Ju Bauer
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Êta orgulho dessa Barbie! <3
Essa garota está de parabéns! Além de levar uma vida saudável, transmite tudo o que tem de mais positivo nos hábitos esportivos sem se esquecer de todos os cuidados necessários! E a Ju tem razão, pra corrida o Asics é imbatível.