A Marilia Mitie, do @correinterior, mora em Paulínia (SP) e, a partir de abril, vai compartilhar conosco aqui no Corre Mulherada um pouco do que rola nas corridas do interior paulista, em especial na região de Campinas. 😉 Mas, antes disso, ela escreveu um relato muito bacana para a nossa coluna Correndo Pelo Mundo, contando como foi participar da Meia Maratona de Santiago no último domingo, 3 de abril! 😀
Oi, meninas, tudo bom?
Sou a Marilia e hoje vim escrever sobre a Maratona de Santiago. Esse é o meu primeiro post para o Corre Mulherada e estou mega super feliz! Antes de começar a falar da prova, vou me apresentar: sou do interior paulista e apaixonada (leia-se: viciada) em correr. Conheci (pessoalmente) o Corre Mulherada na Meia de Sampa de 2014 e, desde então, converso com as meninas. 😉
Como escrevi anteriormente, participei da Maratona de Santiago no último domingo. Na verdade, fiz a meia maratona. Fui no sábado para retirar o kit e, quando cheguei na Estação Machopo, às 9h30, já tinha uma galera esperando a abertura da estação. Porém, o local só abria às 10h00. E, quando abriu, parecia que tinham anunciado um desconto de 90% – as pessoas saíram correndo (inclusive eu)!
Para retirar o kit, foi bem simples. Apresentei a inscrição e peguei a mochila com o número de peito, um chaveiro e propaganda dos patrocinadores. Com o número de peito em mãos, peguei a camiseta da corrida, que era da Adidas. Um diferencial na retirada era verificar se o chip estava funcionando; caso não estivesse, já arrumavam na hora.
Outro ponto forte foi a feira que estava ocorrendo paralelamente à retirada do kit. Tinha vários expositores (TomTom, Adidas, Gatorade, GNC Suplementos, Nike, Asics…), além de palestras sobre a relação do corpo com a corrida. Simplesmente amei e recomendo!
Estandes da TomTom e da GNC Suplementos
O grande dia foi no domingo (03/04). Cheguei na Plaza de la Moneda (local da largada) às 6h50. O acesso foi liberado às 7h45 e a largada dos 21 km era às 8h30. A vantagem de ter chegado super hiper mega cedo foi conhecer pessoas de todos os lugares (peruanos, chilenos e brasileiros de todas as regiões). A abertura do acesso foi pontualmente às 7h45 (sério, todas as etapas ocorreram de forma pontual) e depois foi só esperar o segundo tiro do canhão (porque o primeiro era para a largada dos 42 km). Enquanto aguardávamos a tão esperada hora, através dos telões podíamos ver tudo que se passava com o pessoal que participava dos 42k.
Dada a largada, começamos a correr. Logo nos primeiros quilômetros, foi possível sentir como seria corrida, alegre e bem organizada. Os primeiros 5 km nem senti; quando vi, já estávamos no primeiro ponto de hidratação de água e Gatorade. A corrida teve quatro pontos de hidratação, um a cada 5 km. Na minha opinião, quatro pontos de hidratação foi de bom tamanho, a temperatura estava agradável, em torno de 10ºC não exigindo uma super hidratação durante a corrida, tanto que não parei no último ponto. Os pontos negativos dos pontos de hidratação foram: a quantidade de pessoas que paravam (cada ponto de hidratação que parei aumentou em média 10-15 segundos do meu pace) e os líquidos (água e Gatorade), que eram distribuídos em baixo volume e em copos de papel.
Do km 1 ao km 6, foi praticamente uma descida bem leve e deu para desenvolver uma boa velocidade. Teve um subida leve, porém longa, do km 6 ao km 16 e, durante esse trecho, passamos pelos principais pontos turísticos de Santiago, os morros de Santa Lucia e de San Cristovão. Foi bonito e legal para conhecer a cidade! Nos kms 5 e 12, tinha bandas com música ao vivo. A reta final, do km 16 ao km 21, foi uma descida bem leve, tanto que nem senti que estava descendo.
Teve música no km 19 e o último ponto de hidratação no km 20. Nesse ponto, já comecei a chorar de emoção. Faltava muito pouco para terminar, sem falar em toda aquela energia maravilhosa e todo mundo se ajudando.
E, finalmente, o gran finale! A chegada foi emocionante: todas as pessoas torcendo, crianças na rua gritando para você não desistir… Foi uma das melhores experiências da minha vida. Quando passei a linha de chegada, comecei a chorar novamente (sim, sou manteiga derretida!!!)
Depois disso foi só pegar a medalha (que ficou um pouco tumultuada), fruta (uva, maçã verde, morango e banana), água e Gatorade.
Na minha opinião, tudo – desde da retirada do kit até a prova – foi maravilhoso e bem organizado. Os organizadores brasileiros têm muito que melhorar e aprender com os nossos Hermanos chilenos. Digo por experiência própria, já participei de corridas famosas no Brasil (como a São Silvestre) que achei mal organizadas e em que o staff estava de mau humor.
Obrigada, meninas, pela oportunidade de contar minha história e, caso vocês queiram tirar alguma dúvida, deixem aqui nos comentários!
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Pretendo fazer a meia em 2020 e só de ler o seu relato me arrepiei todinha, os olhos encheram de água… Deve ser mesmo uma experiência única!!!