A Marilia Mitie (@correinterior) é super parceira nossa e já contou aqui no blog relatos de várias provas, além de participado da nossa equipe no Revezamento Bertioga-Maresias no ano passado! E é com muita alegria que hoje compartilhamos com vocês a história da primeira maratona dela. 😀
Má, parabéns pela sua conquista! A primeira maratona de muitas, temos certeza! [fa type=”heart”]
Por Marilia Mitie
Oi, meninas, tudo bom? Após um ano, estou aqui de novo para escrever sobre a Maratona de Santiago! Este ano participei dos temidos 42 kms e, agora sim, posso dizer que sou maratonista! 🙂
Retirei o meu kit no sábado. Cheguei por volta das 11 horas e foi tranquilo, só precisei apresentar o RG e a inscrição.
Amei o kit desse ano, que tinha a mochila da maratona, número de peito e um chaveiro. Com o número de peito em mãos, segui para retirar a camiseta da Adidas, patrocinador oficial da corrida. Não gostei do fato da camiseta ser regata, mas a cor é bonita. E, como o ano passado, era possível verificar na retirada se o chip estava funcionado; caso não estivesse, já dava para arrumar na hora.
A exporunning continua como o ponto forte da retirada do kit, pois havia vários expositores como TomTom, Skechers, Garmin, GNC, New Balance, Adidas, Nike etc. Meu marido teve que me segurar, eu queria comprar tudo! rsrsrs…
A Maratona estava marcada para o dia 02/04 (domingo). Como é tradição, a saída da corrida é na Plaza de La Moneda. Cheguei na praça às 6h50 e achei ótimo ter ido cedo, pois deu para ver os favoritos para a prova. Também conheci diversos brasileiros que foram para Santiago apenas para participar da corrida.
O acesso ao local da largada foi às 7 horas e o tiro do canhão (que anunciava o começo da prova) foi às 8 horas, de forma britânica. Durante a espera do tiro, todo mundo tinha o mesmo grito de guerra: chi chi chi le le le Viva Chile! (Só de lembrar tenho vontade de chorar.)
Dada a largada, começamos a correr. Logo nos primeiros quilômetros, foi possível sentir como seria a corrida: alegre e bem organizada. Claro que o cover do Queen, que estava tocando no km 5, ajudou na motivação.
Diferentemente do ano passado, não prestei atenção no terreno ou na temperatura. O meu foco estava em mim, pois encarei os meus primeiros 42 kms. Todo o tempo prestava atenção no meu corpo, nas minhas passadas e na minha respiração, afinal de contas, tinha que me controlar para não gastar toda a energia antecipadamente.
Porém, confesso que lá pelo km 32 o foco foi todo embora, a dor na perna era insuportável. O músculo falava para parar e o coração mandava continuar. Resolvi seguir o coração e continuei. Também continuei pelas pessoas que me ajudaram, principalmente a Yukiko – essa senhora me ajudou de uma forma maravilhosa, me incentivando. Também teve um senhor que me ofereceu a BenGay para cãibra. Isso sem contar o incentivo do marido que foi comigo até o km 15 e depois voltou para me “rebocar” km 37.
Daí por diante, foi incentivo e os treinos que me levaram adiante. A parte mais bonita da prova foram os últimos 400 metros. Pessoas que nunca vi na vida me chamavam pelo nome e me incentivavam a terminar a prova (só de lembrar me emociono). Essa parte da corrida só me faz acreditar ainda mais na humanidade!
Quando passei a linha de chegada, chorava igual à uma criança e abraçava o meu marido como se eu o tivesse acabado de ganhar o maior prêmio da vida.
Depois disso foi só pegar a medalha, fruta (uva, maça verde, morango e banana), água e isotônico. E ir ao Concha y Toro! Afinal, depois da Maratona, eu merecia uma taça de vinho! 😉
Continuo mantendo a minha opinião do ano passado: a organização do evento é perfeita, desde da retirada do kit à entrega da medalha. Os organizadores brasileiros bem que poderiam aprender com os nossos hermanos chilenos.
Obrigado meninas pela oportunidade e, caso vocês queiram tirar alguma dúvida, deixem nos comentários do post!
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