No começo do ano me mudei de São Paulo para Santo André. Perto do apartamento antigo tinha uma praça bem gostosa e grande, era lá que eu treinava. Aqui em Santo André eu teria que ir até algum parque. Para chegar ao mais próximo de casa tenho que pegar o carro. Além disso, tenho que convencer o namorado a acordar e ir junto, já que a bundona aqui não dirige. Aí já foi dando preguiça, fui deixando… e desencanei.
No prédio atual tem uma academia simples, mas bem equipada. O espaço é concorrido, a qualquer hora do dia tem alguém treinando com personal trainer por lá. Eu tenho problema no joelho, tenho que fazer musculação para fortalecê-lo e tudo, mas estou para ir viajar por mais de um mês e deixei pra resolver isso depois que voltar, já que eu “perderia” esse tempo pagando a academia (todas que visitei só dão 30 dias de “férias” nos contratos). Para não ficar parada comecei a descer para a academia logo cedo e fazer alguma coisa. Tem um aparelho de transport, coisa que eu sempre adorei e estava me divertindo nele. Aí resolvi testar o Coach do Nike+, a Erica e a Ju Ferrer também quiseram começar e me empolguei. Agora todo dia vou pra esteira do prédio fazer meus treinos, nunca tinha conseguido fazer tantos dias seguidos sem me entediar. O segredo? Boto um NerdCast pra ouvir, foco e simbora limar os quilômetros de cada dia.
Estava indo bem, sem dores nem nada, até que um dia o personal de uma vizinha veio me perguntar se eu sentia dores no joelho! Fiquei besta, o cara por acaso era vidente? Hahaha. Falei que tenho problema no joelho e ele disse que era por conta do jeito que eu pisava, forçando muito o joelho pra trás. Deu a dica de eu pisar mais com o pé inteiro, deixando o impacto mais distribuído e falou pra eu treinar um tempinho caminhando pra ver se sentia diferença. E eu senti! Nos primeiros dias meu tornozelo doeu HORRORES, mas o joelho ficou quietinho. Mesmo assim prestei bastante atenção ao joelho pra hora da pisada e troquei de esteira, passando a usar a que fica em frente ao espelho de corpo inteiro da academia.
Correr de frente ao espelho é um pouco doído pro ego, tenho que confessar. Você vê que sua perna balança, o braço de biscoiteira te manda um beijo a cada pisada… olha, no começo eu me sentia tipo aquelas doidas que tiram a roupa e vão comer hamburguer em frente ao espelho, sabe? Hahaha. Não gostava do que via de jeito nenhum.
Como estava de frente ao espelho para ficar de olho em como eu flexionava o joelho, foquei nele. Ficava de olho se ele continuava um pouquinho flexionado quando meu pé já estava inteiramente no chão para não forçar muito. E deu certo! Agora não forço tanto o joelho, o tornozelo parou de doer (era só até acostumar com a “nova” pisada) e já me acostumei a me olhar enquanto corro. Assim acerto a postura, vejo que a calça que sempre achei que me engordasse na verdade me deixa mais magra enquanto corro (eba!) e consigo ter muito mais concentração. Por ficar prestando atenção ao espelho me foco totalmente no que estou fazendo e tenho uns bons minutos de reflexão solitária durante a corrida. Bom pro corpo e pra mente. 🙂
AMO correr na frente do espelho! Isso ajuda muito a corrigir erros posturais, de pisada e ver se aquela roupa realmente fica bem enquanto corremos #mulherzinha, hahahahaha.