* Não sabe o que é pace? Veja o nosso Dicionário da Corredora! 😉
Depois de um tempo correndo e postando fotos de suas medalhas, tênis e treinos nas redes sociais, é natural que você acabe virando referência quando o assunto é corrida para seus amigos. Provavelmente, você fala com tanta empolgação sobre isso, ou as pessoas começam a perceber as mudanças no seu corpo, fôlego e autoestima, que ficam animadas para começar a correr também. E aí vem a clássica pergunta: Posso correr com você um dia?
Péééémmm!! Por mais que seja uma delícia correr acompanhado, ainda mais de uma pessoa querida, dá uma certa preocupação. Afinal, como treinar com alguém que corre em um pace diferente do seu?
Para ajudar nesse dilema que, cedo ou tarde, aparece na vida de toda corredora, pedimos a opinião do Eduardo Barbosa, treinador da 4any1 Assessoria Esportiva, que acompanha os nossos treinos. E aí, Edu: pode ou não pode?
Antes de responder, é preciso analisar as situações.
Correr só ou em grupo, eis a questão!
Muitas pessoas, especialmente quando estão começando ou sentindo que precisam de uma motivação extra, preferem o treinamento de corrida coletivo. Mas é preciso escolher com cuidado o tipo de treino (ou prova) que você vai fazer e quem vai correr ao seu lado antes de decidir entre correr só ou acompanhado.
“A corrida tem como característica uma sucessão de saltos e se os sistemas muscular e esquelético não estiverem treinados para suportar o peso de toneladas a cada passada, pode acarretar em lesões sérias”, explica Edu. “Por isso, ao procurar pessoas para treinar em conjunto, junte-se àquelas que estejam próximas de seu ritmo ou um pouco acima. Um corredor lento demais em um treino ou prova de longa distância pode fazer com que você, que está habituado a mais velocidade, tenha que diminuir muito o seu ritmo e sobrecarregar ligamentos e tendões – ou seja, na tentativa de ajudar o amigo, você pode estar se prejudicando e comprometendo o seu treinamento.”
E não é só quando o pace do seu companheiro é mais devagar – o contrário também acontece! De repente, você tem a oportunidade de treinar com alguém que corre muuuuuuuuuito e não quer fazer feio… mas também não quer ir além dos seus limites, acabar se lesionando e precisando ficar um tempo sem treinar, né?
Para ilustrar quando treinar acompanhado pode ser benéfico, o Edu conta um exemplo pessoal:
“Em minha preparação para a Maratona ou qualquer outra prova de corrida de rua, sempre que posso, corro em meus treinos sozinho. É muito raro eu realizar meus treinos intervalados ou contínuos com outra pessoa na pista. Pois bem, na última Maratona de São Paulo, realizada em 17 de maio de 2015, quebrei um pouco esse paradigma e corri com três alunos meus – João Augusto, Renato Miyashiro e Paulo Ricardo – que estão em preparação para Maratona do Rio, que será realizada na segunda quinzena de julho.”
Edu (à direita) correndo ao lado de seus alunos (Divulgação 4any1)
“Essa mudança de postura tem explicações psicológicas, fisiológicas e biomecânicas. Antes de começar qualquer prática de atividades físicas, é necessário passar por uma série de exames, entre eles, o ergoespirométrico para quantificar seu volume de oxigênio para consumo e, consequentemente, a transformação deste na capacidade de gerar a energia que moverá os músculos de forma eficiente e com qualidade de movimento. Cada indivíduo tem seu consumo de oxigênio. Outro fator verificado é o ritmo por quilômetro e a velocidade com que este mesmo atleta pode desenvolver um determinado tempo de corrida, sabendo também que temos posturas de corrida diferentes. No caso dos amigos da foto acima, todos estão em um nível de preparação, ritmo e velocidades similares, o que nos permite realizar um treinamento ou provas juntos”, afirma Edu.
Então, se alguém com um pace muito diferente do meu quiser treinar comigo, devo recusar?
Se a distância for longa, sim. Porém, se a distância for curta, não tem problema.
“Em provas curtas e rápidas, esta prática não traz nenhum prejuízo e você introduz seu amigo no mundo das corridas; já em uma Meia Maratona ou Maratona, é preciso verificar o quanto isso pode ser benéfico a ambos”, responde Edu.
“A corrida é também um momento de sociabilização e confraternização entre amigos, mas uma vez que ela é levada para o campo da performance, vale o acompanhamento e preparação adequada com um profissional da área da Educação Física.” E isso inclui não apenas seguir sua planilha, mas respeitar seu corpo e treinar com responsabilidade! 🙂
Boa prova e bons treinos a todos!
ADOREI! Vou fazer a Bravus em SP esse mês e sou a mais lentinha do grupo… mas vai ser só 5k então acho que não dá nada
Chell, é a Bravus Arena? Eu vou também! Estou com medo é dos obstáculos, mas vamos que vamos! Hahhahaha… Nos vemos lá 😉
Acho que é essa mesmo =D dia 28 né? hehehe AHH!!! Vou procurar alguém com camiseta do corre mulherada =D quero tirar fotinho!!!
Estou treinando com a equipe a mais de mês pros obstáculos hahahaha