Há algum tempo, falei no Instagram do blog (segue lá @corremulherada) que sou intolerante ao glúten diagnosticada. Pois é, a notícia que muita gente recebe com desespero (soube de gente que chorou quando soube), pra mim foi um alívio. Não ter diagnóstico durante tanto tempo, me fez acreditar que alguns sintomas vinham da minha cabeça. Sem melodrama, mas ter um nome para aqueles sintomas todos (alguns que aparentemente não tem “relação” entre si) foi como o fim de uma busca de mais de 30 anos!
Aí depois disso só tive que entrar para a ‘ceita’, aceita que dói menos. kkkkkkkkkkkkkk
Brincadeiras à parte, a “coisa” é mais séria do que parece e vou contar o porquê. 😉
Desde adolescente sofria com os sintomas, sendo os mas evidentes: cólicas, dor de barriga, coceira (principalmente no rosto e braço), inchaço, dor de cabeça “normal” e enxaqueca. Para você ter uma idéia, cheguei a recusar convites para sair com amigos/parentes/whatever por causa disso, e quando saía, precisava ver se tinha banheiro decente no lugar! rs
Na época de faculdade, algumas vezes precisei ficar no campus em tempo integral. Perco as contas de quantas vezes fiquei sem comer pra não precisar parar tudo para usar o banheiro de lá. Tinha nojinho! E quando ia para a casa dazamigas? Veshhhhh
Vivia cansada, com sono (dormia só de me encostar nos cantos), sem ânimo para nada, mas aí atribuía à uma anemia ou outra que acusava nos exames (na maioria das vezes). Quando esporadicamente não dava nada, achava que era só preguiça crônica (ainda tenho, mas beeeeeem menos kkkkk). Confesso que pra mim o pior sintoma a dor de cabeça constante e os vários episódios de enxaqueca (quem tem sabe o inferno que é). Comprava caixas de Anador, Dorflex, Novalgina e afins. Parece até testemunho de igreja, mas é verdade!
E a intolerância?
Descobri “por acidente” quando mudei de gastro. Ao contar os sintomas, jurava que se tratava “só” de hipotireoidismo (achava que precisava trocar a dose do Synthroid).
A minha médica não fez alarde, só mandou eu fazer 1655244 exames, entre eles, os tais para saber se tenho hipersensibilidade. Confirmada, ainda precisava fazer uma biópsia do intestino para ser carimbada como portadora de Doença Celíaca. Sinceramente? Optei por não fazer essa biópsia! Já tinha que excluir o glúten da minha vida de qualquer jeito e me dei por satisfeita com os 99% de chances de ser Celíaca. Ter o positivo só ia mudar o status ‘Intolerante’ para ‘Celíaca’ e pra mim isso não ia fazer diferença. Já tava ferrada mesmo!
Depois do diagnóstico, tive que mudar drasticamente minha alimentação. Se foi difícil? DEMAIS! Tinha toda uma rotina e (confesso) demorei muuuuuuuito pra cortar 100% o glúten da minha dieta. Sim, no início eu arriscava. Tipo fumante que fuma sabendo que aquilo vai lhe fazer muito mal.
Todos os dias comia pão integral, todas as quintas-feiras pedia pizza (a pizzaria mais próxima fica a UMA CASA da minha) e aos sábados comia o bolo especial de milho. Ah, além da empada-baixaria de chocolate que postei várias vezes no meu Insta. Mas paguei o preço por arriscar mesmo sabendo que ia passar mal. O dia seguinte do meu ‘olho grande’ passou de ruim para TERRÍVEL. Os sintomas vinham cada vez mais agressivos e piores. A última peripécia me levou ao hospital e depois disso tomei vergonha na cara.
Hoje procuro manter uma alimentação limpa e com menos produtos industrializados. Em casa até que mantenho bem, mas quando saio de casa ou viajo, nem sempre consigo carregar lanches na bolsa. Até porque dependendo do lugar que vou (principalmente viagem longa), estraga logo.
E como achar algum lanchinho no meio da rua é um parto (lanchonetes e padarias de longe cheiram a glúten) virei testeira de produtos. Sempre bom ter opções fáceis de colocar na bolsa, né?
O macete é sempre ler o RÓTULO (os primeiros ingredientes são os mais abundantes – a Ju Ferrer já ensinou por aqui) e optar por produtos que tenha a MENOR quantidade de ingredientes e que você ENTENDA o que está escrito. Fique atenta, não é porque está escrito na embalagem que não tem glúten e/ou lactose que é automaticamente inofensivo.
Não estou dizendo que todo industrializado é do mal, mas existem os que são Ok para consumo, os mais ou menos, os menos piores e os piores do que os normais. Nada de pirar o cabeção, hein!?
Quando recebemos o Glúten Free Box no nosso Q.G aka casa da Carô, a caixa já teve direcionamento certo. hahahah
Pra quem não conhece, o Glúten Free Box é um pacote de assinatura onde todo mês você recebe uma caixa cheia de produtos sem glúten.
Os preços variam de acordo com o plano (mensal ou trimestral), quantidade de produtos (9 a 11 – 14 a 16) e mais algumas opções (com/sem bebida alcoólica – com/sem lactose). O pagamento é feito via boleto bancário ou cartão de crédito.
Vale a pena pela SE: você gosta de conhecer novos produtos e prefere a praticidade de recebê-los na sua casa. Às vezes a gente está numa dessas lojas de ‘apelo saudável’ e vê um item com preço salgadinho e sente receio de comprar no escuro. Eu sou mão de vaca e mooooorro de dó de comprar algo não muito barato. Vai que o produto é ruim? kkkkkk
Vamos à caixa?
Já comi a maioria dos produtos e tirei fotos de alguns rótulos para compartilhar. Uma coisa que gostei muito foi a tabela ilustrativa e de fácil leitura que lista os ingredientes mais alergênicos de cada produto. Eu, por exemplo, além do glúten, tenho evitado lactose. O marido é alérgico e tenho certa suspeita. :’( #zicada
Tirei fotos das embalagens e tabela nutricional de alguns produtos:
Achei gostosinhos e não deixam nada a dever para os salgadinhos comuns.
Gostei bastante do macarrão, já tinha feito outras substituições por massa com outras farinhas e a de arroz foi a que mais gostei. A massa para pizza ainda não testei, deixei para uma futura receita aqui no blog. 😉
Provei tudo e não gostei muito. Pra falar a verdade, não curto bolacha e não sou parâmetro para analisar. Só pra dar uma idéia, precisei de outras opiniões. Minha mãe adorou os biscoitos e o marido comeu o maracujá numa tacada só. kkkkkkkkk Mãããssss digo que os ingredientes não são os melhores. 👀
O pão é rústico, meio seco, um tiquiiiinho amargo e mais durinho. Minha mãe e eu gostamos, mas não compraria se o visse na gôndola.
Esses docinhos da Flormel são uma tentação de gostosos (a Mari falou deles aqui)! Os considero mais para uma emergência, em tempos de TPM por exemplo. Eles tem sucralose e maltodextrina, o que não sou fã. Mas não sou a melhor pessoa para falar sobre isso. 🙂
Adoraaaamos (marido e eu) a Xilitoca (apesar dessa gorduda vegetal aí do meio) e garrei paixão pelo Cacau Fit. Os dois juntos foi um casamento perfeito! hahahahah
Claro que não é uma Nutella da vida, mas achei o gosto ‘tudibão’ e os ingredientes lindos – biomassa de banana verde, cacau em pó, manteiga de cacau, açúcar demerara e pasta de avelã. Já até comprei outro pote! :B
Para mais informações: site oficial
Eri, não sei se já comentei isso com vc, mas eu nunca entendi como vc conseguia continuar comendo glúten, mesmo te fazendo mal. Sério!
É muito foda ficar sem glúten, falo porque foi um tormento quando tirei o glúten da Rafa.
Vc está de parabéns por ter começado a se cuidar.
Beijocas