Quando recebemos o convite da Coca-Cola para irmos à Londrina conferir os Jogos Escolares da Juventude, na hora me lembrei dos muitos amigos que tive na época da escola e que levavam algum esporte a sério. Já falei por aqui que nadei e joguei futebol durante a infância, mas na adolescência larguei mão de tudo, né? Então meu único envolvimento com os Jogos Escolares de Santo André foi como torcedora, lembro de ir assistir vários jogos para acompanhar algum amigo atleta.
Acho que cabe uma explicação do que são os Jogos Escolares da Juventude, né? É assim: cada cidade promove sua própria competição de Jogos Escolares e, os times campeões, geralmente disputam com outros times das cidades próximas e os melhores partem para a etapa estadual. Aí, é vez dos estados promoverem os Jogos, para selecionarem os campeões que os representarão na etapa nacional. Durante todo esse processo, cada cidade e estado pode dar o nome que quiser para a competição e, por isso, talvez você tenha ouvido outros nomes, como “Olimpíadas Escolares”. Pois bem, o nome da etapa nacional é Jogos Escolares da Juventude e foi ela que a Coca-Cola nos convidou para conhecer.
Nossa primeira parada foi o Centro de Convivência dos atletas, um espaço SENSACIONAL montado para que os atletas interajam com atletas de outros estados, descansem, participem de atividades especiais, se divirtam e façam suas refeições. O Centro de Convivência contava com mini quadra de basquete, mesas de tênis de mesa e pebolim, mini biblioteca com espaço para leitura, mini pista de skate, espaço com computadores e internet, palco para apresentação dos atletas e até espaço para customização de camisetas.
Um das maiores áreas era o espaço da Coca-Cola, onde estavam expostas tochas olímpicas de outras 5 Olimpíadas e a tocha LIIIIINDA que será usada nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Foi bem legal ver de perto, as tochas são muito bem feitas. Sem querer puxar a sardinha pro nosso lado, mas já fazendo isso, a tocha de 2016 era a mais bonitona. Haha. 😉
Era lá também onde os atletas podiam participar de uma espécie de gincana, valendo ida às Olimpíadas com tudo pago, podendo levar um acompanhante. A cada dia haviam tarefas a serem cumpridas e uma pergunta de um quiz. Ao participar, os atletas recebiam uma pulseirinha e colocavam seu nome no ranking. Ao final da competição, o primeiro lugar do ranking levava esse super prêmio. Nós participamos da tarefa do dia e ó: penei. Hahaha. Tínhamos que equilibrar um prato girando em um palito e eu, mega descoordena que sou, não consegui fazer o prato ficar direitinho nem uma vez. Hahaha.
Uma coisa que me chamou muito a atenção foi o tema escolhido para os Jogos desse ano: igualdade de gêneros. Em todo o Centro de Convivência havia frases sobre o tema e a marca da organização He for She. Em um espaço os atletas até podiam preencher o que era a igualdade de gênero para eles. Quando tirei a foto abaixo não havia quase ninguém no Centro de Convivência, mas quando ele encheu mais o painel ficou todo preenchido, coisa linda de se ver. Muito legal ver adolescentes refletindo sobre o assunto e assumindo uma postura tão legal sobre algo tão importante.
Nossa segunda parada foi o ginásio onde rolava a competição feminina de vôlei e pudemos acompanhar dois jogos. Há anos eu não assistia um partida de vôlei, foi muito gostoso. As meninas jogavam super bem e o segundo jogo foi super disputado, bonito de se ver. Como ainda estávamos no primeiro dia de jogos de vôlei, os jogos que assistimos eram ainda classificatórios para a semi-final.
Foi uma experiência sensacional. Ver de perto toda a estrutura e cuidado que a organização montou para os 3.700 atletas que participaram dessa fase (que era apenas para atletas entre 15 e 17 anos. A fase de 12 a 14 aconteceu em Setembro em Fortaleza). Aconteceram competições em 13 modalidades e de lá, sairão jovens que representarão do Brasil nos Jogos Sul-americanos da Juventude em Santigo, em 2017, e nos Jogos Olímpicos da Juventude 2018, em Buenos Aires. Na última edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, 72% dos atletas brasileiros havia participado dos Jogos Escolares e, para 2018, a previsão é de que esse percentual aumente ainda mais. De qualquer forma, a competição é uma experiência importante para todos os atletas que participaram, sejam eles representantes do Brasil nessas competições internacionais ou não.
Sinceramente? Me deu vontade de voltar no tempo e falar pra Ana de 12 anos não largar a natação e se dedicar muito para participar de pelo menos uma edição dos Jogos Escolares como atleta. A felicidade estampada na cara dos atletas era linda de se ver, fiquei querendo ter participado quando adolescente. Tá aí uma coisa que vou incentivar muito meus filhos a fazerem, um dia (só falta ter o filho. Hahaha).
Além disso, o grupo que a Coca-Cola levou para ter essa experiência foi muito legal. Estávamos eu e a Cris, autora do blog Fim de Jogo, e três meninos super populares no Youtube entre o pessoal que gosta de games: Cauê (do canal Baixa Memória), Felipe (do canal FebatistaCraft) e Lugin (do canal LuginBR). Eram três gerações de produtores de conteúdo que falam em canais diferentes e sobre assuntos completamente diversos, mas isso só fez com que tivéssemos muito assunto e trocássemos muita ideia sobre nossas perspectivas e experiências na internet. Foi muito muito muito legal. Até rendeu um texto bem bom da Cris, vale a pena você ler. 😉